December 10, 2008

excertos literários [cardinal]002

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A situação apresentava-se sob um ângulo muito diferente. [...] não se trata do ceco, mas da vida... e da morte. Sim, a vida agora a extinguir-se, a fugir-me, e não posso agarra-la. Sim. [...] estou nas últimas. [...] onde havia luz, agora há trevas. Ainda estou cá, mas vou para lá! Para lá onde?
[...]
Deixarei de existir, mas o que existirá então? Nada. Mas onde estarei quando não existir? Será mesmo a morte? Não, não quero.
[...]
Mas não pode ser que todos, e sempre, estejamos condenados a este medo terrível.

A morte de Ivan Iliich, Lev Tolstói, Relógio D’Água Editores, p. 54, 2007

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